Para enfrentar os desafios envolvidos no acesso à educação de qualidade em países de baixa renda e desempenho escolar, empreendedores da área de educação desenvolveram escolas particulares de baixo custo. As instituições contam com infraestrutura limitada, no entanto, a qualidade de ensino supera as expectativas.
Em comunidades onde os pais ganham menos de $2 por dia, a educação das escolas particulares de baixo custo torna-se acessível por $7 mensais. Esse é o caso da escola Bridge International Academies, o grupo mais importante que atua nesse setor.
A primeira escola Bridge foi fundada por Jay Kimmelman e Shannon May, em 2009. Ao final do ano de 2010, eles já contavam com um total de 1.300 estudantes. Através de uma plataforma tecnológica, o gerente do centro educacional utiliza um aparelho smartphone para administrar a escola. Além disso, o colégio conta com um modelo baseado em professores bem assistidos e lições de acordo com o currículo pedagógico do país. Atualmente, a Bridge atua em mais de 600 escolas em cinco países. Entre os investidores da rede de escolas, estão grandes nomes como Bill Gates e Mark Zuckerberg.
Os resultados obtidos através dessas escolas são positivos: um grande número, em sua maioria de meninas, tiveram aproveitamento tão bom nas escolas que ganharam bolsas de estudos em colégios de destaque nos Estados Unidos. Além disso, no Quênia as escolas Bridge ultrapassam a média nacional e em Uganda, os estudantes da Bridge alcançam 100% de aprovação.
Escolas de baixo custo não são de exclusividade africana. Na Índia, o modelo também é conhecido e a rede de colégios mais populares no segmento é a Sodha Schools, que possui quatro unidades em Jamnagar, uma cidade de um milhão de habitantes ao norte de Mumbai. O preço é de 4 rúpias por mês, que corresponde em média a um sexto da renda familiar.
As escolas de baixo custo podem ser uma boa saída para que os pais tenham condições de proporcionar aos filhos educação de qualidade, sendo uma excelente saída para a formação das crianças e, consequentemente, para o futuro de seus países.
Referências
ILMT, Mercado Popular e Opinião e Notícia